a Sobre o tempo que passa: Ministerialismo sem vergonha

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

23.9.04

Ministerialismo sem vergonha

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Contra este ministerialismo em que se continua a enredar o despotismo esclarecido, há também a eterna frustração dos que estão sempre no contra e que nem sequer podem ter o saudosismo dos anteriores homens do reviralho...

A insubmissão transformou-se na prebenda de uma qualquer ordem da liberdade, num Mercedes preto, numa secretária de carne e osso, num gabinete de pau preto, com promessa de reforma dourada, nesse engodo para papalvos dito oficialismo...

E tudo se volveu no texto obrigatório dos novos livros únicos, com que se fingem perpetuar todos os situacionismos.

Até transformámos Sérgio numa efígie ornando notas de banco, antes de com o seu nome baptizarmos burocráticas instituições.


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Sempre esta lei do Portugal Contemporâneo que pretende cristalizar a rebeldia, fazendo-a nutrida citação para um qualquer artigo de um qualquer propagandista intelectual do regime, ex-ministro, ex-deputado, ex- esperança da memória de futuro.