Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
O vudu dos mortos-vivos e um intervalo de não-bombardeamento em plena guerra
Hoje, trinta e um do mês sete, quando em 1826, D. Isabel Maria jurava a Carta, quando, em 2001, morria Francisco da Costa Gomes, que, aliás, estão um para o outro, em cinzentismo e rolhice. Porque ontem, se tivesse teclado, também teria de assinalar que, em 1930, no dia 30, surgia um decreto do Conselho de Ministros criando a União Nacional, o antipartido que seria o partido único do regime que estava antes deste, tal como em 1931, nessa data de 30, era criada a Polícia Internacional Portuguesa, base da futura PIDE, que era bem mais domesticamente a polícia política da coisa salazarenta, onde ninguém me é capaz de dizer, ao certo, quem era o criador ou quais eram as criaturas, porque todos se foram amalgamando no vudu dos mortos-vivos.
Começo assim, naturalmente, porque os bombardeamentos no Médio Oriente terão sido suspensos e não há repórteres de guerra que nos tragam novas do Afeganistão e do Iraque. Só há guerra nos sítios para onde vão a CNN, a BBC e a SKY. E as guerras todas acabam quando Londres e Washington decretam que acabem, ao fazerem uma dessas efectivas cimeiras que tanto dispensam a ibérica presença de Barroso e de Solana como irritam os restos gaullistas ou mitterrandistas de Paris, sem que alguns dos mais atlantistas dos nossos deputados europeus, exprimam, em palavras épicas, a respectiva indignação, dado que se transformaram em meros caçadores de anti-semitas domésticos.
<< Home