a Sobre o tempo que passa: Assinando o livro do ponto de exclamação

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

1.10.09

Assinando o livro do ponto de exclamação


Estou por cá, mas não tenho andado por aqui. As frases sobre Cavaco já foram todas as escritas. Eu próprio, aqui, as tinha escrito. Mas Portugal continua por salvar. Deixai que os bobos da Corte e os gatos pingados tenham o respectivo tempo de antena. Confirmai como os cavaqueiros, os cavaquistas e os cavaquistanenses lavam as mãos como Pilatos. O homem não é Deus, não é o Diabo e, muito menos, um anjinho. Engana-se, erra e comete erros. E se pecou, também pode arrepender-se. Mas também não é Nixon. Nem François Mitterrand. Apenas se enredou e teve o seu momento de catarse. A panela de pressão quase podia explodir. A tampa podia saltar. Apenas de abriu a válvula de segurança, com algum controlo. E, depois da penitência, pode voltar a ser político. Para nosso bem. E para que possa cumprir a respectiva missão. Falarei na altura própria. Hoje é apenas assinar este livro do ponto.