Neste portugalório de minúsculas, adeste fidelis, venite adoremus. Amen!
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Quem passar os olhos pelas parangonas, verificará como são mesquinhas estas ruelas traseiras das encruzilhadas da pátria, entre os diários íntimos do dramaturgo Diogo Freitas do Amaral e as intimidades de uma ex-companheira de certo objecto de menagem de presidentes, ministros, partidocratas e autarcas, para além das oportunas fugas de informação de certos processos judiciais, feitos romances de ficção policial, como os apitos e os furacões, neste ambiente de minudências, inconfidências e guerrazinhas de homenzinhos e mulheronas, com muito sexo dos anjos, mafomas, toucinhos, otomanos e bizantinos. Por isso, a tristeza vai devassando este portugalório de minúsculas, com muitos pequenos pulhíticos e grandessíssimos futebolíticos e bancopolíticos, entre mesquinhos apetites e magnos défices.
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Vale-nos o épico do "in hoc signo" na campanha do referendo e a melodia do "adeste fidelis" enlevando as longas bichas dos hipermercados e dos centros comerciais, à espera dos barulhos computacionais dos choques tecnológicos das caixas registadoras que vão sugando o nosso suor através dos cartões de crédito, enquanto se mantêm os postos de vencimento onde quase todos vão fazendo greves de zelo, clamando contra a injustiça do mundo, a globalização neoliberal ou os dramas do alargamento a Leste e da adesão da Turquia. Vale-nos que na teatrocracia da União Europeia chegou uma dona sebastioa de cuidada plástica, graças à magia de um "lifting" que a coloca como a necessária barbie com sorriso de mona lisa. "Venite adoremus, venite adoremus"
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