Roubaram a alma à escola e ela morreu... desapareceu a humanidade e a criatividade

Leio, num destes aeroportos de passagem, um jornal de Portugal. Uma professora diz: "Eu gostava imenso de ensinar mas isso deixou de ser o mais importante para a escola. Desapareceu a humanidade e a criatividade. Roubaram a alma à escola e ela morreu... Eu gostava imenso de ensinar mas isso deixou de ser o mais importante para a escola. Desapareceu a humanidade e a criatividade. Roubaram a alma à escola e ela morreu". Uma outra salienta: "Estava a ir para a escola e pensei: eu vou trabalhar… Eu, antigamente, nunca ia trabalhar, eu ia para a escola porque ser professor não pode ser encarado como um trabalho, onde se é obrigado a ir." São professoras do ensino básico e secundário. Podiam ser do universitário. É por isso que me entusiasma o serviço para que sou desafiado em Timor, ainda vou mobilizado pela alma, à espera de humanidade e criatividade. Estou cansado do que fazem a esta pastelada de massa tenra, muito maleável que, estando em condições precárias, é passível de ser domesticada pela tecnocracia dos reformismos de fachada, à espera de aval decretino. Para me esquecer da desdita, aqui deixo, em imagem, memória de Alain, o filósofo-professor de liceu.