Quem todos os dias se escreve (p. 15, livro no prelo).
Quem todos os dias se escreve, deixando que peregrinem a luz e a sombra de que é feito, se tem os pés na angústia da procura, também é capaz de erguer os olhos para o sonho, partilhando os retalhos de uma vida que é comum a todos os que, por se reconhecerem finitos, reinventam o infinito. Porque cada um de nós é esse tal ser que nunca se repete, vivendo acontecimentos que também nunca são iguais. Todos os dias são dias de viver e de morrer, quando se olha a luz de frente, nesta sucessão de encruzilhadas de que afinal é feito o quotidiano e quem não segue a lógica dos homens de sucesso e rejeita dividir o mundo entre amigos e inimigos, negando o desespero dos valores dominantes que mandam dizer que tem razão quem vence (novo livro, a menos de um mês do lançamento, p. 15).
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