a Sobre o tempo que passa: Para reaportuguesarmos Portugal, através da importação de novos estrangeirados

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

10.12.05

Para reaportuguesarmos Portugal, através da importação de novos estrangeirados



Quase madrugada de sábado, nesta cidade do sertão que o sonho de Juscelino edificou aqui num hotel da Asa Norte, apenas para não lamentar a circunstância de estar sem notícias sobre a campanha das nossas presidenciais. Ontem houve uma boa notícia para alguns portugueses que se interessam por matérias de ciências sociais e humanas: a jovem portuguesa Raquel Patrício tornou-se na primeira doutorada pela Universidade de Brasília em Relações Internacionais, de acordo com o programa lançado há quatro anos.

A banca presidida pelo Professor Amado Cervo, contou com a presença dos professores Estêvão Martins, Norma Breda Santos e Vizantim. Fui o arguente estrangeiro convidado e tivemos a honra de ter, entre a assistência outro aluno e docente convidado do ISCSP, o Embaixador Francisco Seixas da Costa. O espírito desse grande português e brasileiro que participou na fundação da Universidade de Brasília, chamado Agostinho da Silva esteve sempre presente. Julgo que todos fomos portugueses à solta e que importa fomentar esta importação de estrangeirados vindos do Sul da lusofonia, porque talvez assim se possa cumprir o objectivo estratégico de reaportuguesarmos Portugal...