Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
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Acorda, Manuelinho! Viva Febo Moniz e el-rei D. António
Dizia, no meu último postal, que houve um silenciamento da maior parte dos fazedores de opinião sobre o 1º de Dezembro. Justiça seja feita ao meu antigo professor, Vital Moreira, que, ousando repor a verdade e a justiça da história, considera que nas paredes da grandiosa "sala dos capelos" da Universidade de Coimbra estão patentes os retratos de todos os reis de Portugal. Todos, não! Falam os Filipes (o lapsus calami é mera coincidência, porque a intenção do autor não foi falar pelos Filipes, mas antes dizer faltam os Filipes).
Esperamos ansiosos pelo repto lançado ao reitor da Universidade de Coimbra. Propomos também que nessa eventual cerimónia, para que, certamente, deve ser convidado o rei de Espanha, seja lido o poema de Manuel Alegre, "Carta ao Manuelinho de Évora", bem como revogada a decisão pombalina de banimento dos juristas da Restauração, os quais explicariam o sic rebus, sic stantibus, segundo os mais vigorosos princípios do direito público, então vigentes. Não duvido do patriotismo do meu antigo professor, mas estranho que tenha assim abandonado as teorias da legalidade revolucionária, aplicável tanto às autodeterminações nacionais como ao internacionalismo, talvez por desconhecer o trabalho de Mário Soares sobre a matéria e que, por nós, continuamos a subscrever.
Por mim, prefiro que desperte o Manuelinho de Évora, contra os ministros do reino por vontade estranha. E que se entenda o Portugal Restaurado de 1640 como um momento de reinvenção nacional, respeitando os que deram a vida durante vinte e oito anos em nome do sonho de um Portugal moderno que se conseguiu impor no contexto da Europa de Vestefália e legando ao mundo o Brasil, como me ensinava Agostinho da Silva. Não votaria a favor de Filipe nas Cortes de Tomar e não seguiria os conselhos de Frei Bartolomeu dos Mártires e de Frei Luís de Sousa. Preferiria sempre morrer tentando, como D. António Prior do Crato. Sou do partido de Febo Moniz e do Padre António Vieira. As hostes de Mateus Álvares não se renderam em São Julião da Ericeira. Vamos voltar a eleger D. Sebastião!
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