Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
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O dia nacional do PP, do além-Coimbra e do (des)crédito agrícola
Hoje é um dia CDS demais em termos de efemérides, porque se assinalam duas datas que marcaram o fim do velho CDS: primeiro, em 1992, quando Manuel Monteiro, com o apoio de Paulo Portas, se tornou presidente do partido, sucedendo a Diogo Freitas do Amaral, com o qual tinha regressado José Ribeiro e Castro; segundo, em 1998, quando Paulo Portas sucedeu a Manuel Monteiro, sem o apoio deste, na mesma presidência. Por outras palavras, dois antigos estudantes da Universidade Católica assumiam, pela primeira vez, destaque na cena política nacional, antes de o director do IEP da mesma se transformar na sombra consultora, "neocon" e "neolib", do palácio de Belém.
E tudo acontece no mesmo dia de 1911, em que se dava a criação das Universidades de Lisboa e do Porto, as quais passavam a fazer companhia à de Coimbra, depois de extinta a Universidade de Évora. Já em 1929, o salazarismo financeiro levava à estadualização do frutuoso e mutualista crédito agrícola que o ministro republicano Brito Camacho havia dinamizado, com o apoio do antigo ministro da monarquia, D. Luís de Castro.
Já me esquecia de dizer que ontem assisti à segunda intervenção quinzenal de Portas no "Estado da Arte". Gostei do artista, não gostei do líder político feito o tradicional ausente-presente. Reparei como o antigo aliado de Rumsfeld não é tão flexível quanto Barroso. Ficou-lhe bem ser o último dos "bushiman".
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