a Sobre o tempo que passa: Paris I

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

11.3.06

Paris I

Mesmo em Paris, não resisto ao bloguear, para assinalar que, neste dia de 1918, surgiu uma lei eleitoral sidonista que estabeleceu o sufrágio universal e directo para a eleição do presidente da república, enquanto em 1952 era emitida lei conformadora do condicionamento industrial, antes de em 1975 surgir o golpe spinolista e o contragolpe gonçalvista dos homens sem sono que nos nacionalizaram a economia da noite para o dia, antes de, em 1985, Gorbatchev chegar ao poder e lançar a implosão do sovietismo que, para Cunhal, deixou de ser o sol da terra, a partir de então.