a Sobre o tempo que passa: Os grandes portugueses...e a ausência de mulheres

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

21.12.06

Os grandes portugueses...e a ausência de mulheres



Em tempos friorentos, nada melhor para aquecer a alma do que uma boa gargalhada, especialmente quando os pretensos comandantes das instituições seguem a máxima daquele que dizia que um quarto de hora antes de morrer ainda estava vivo. Por isso, notei como, entre os grandes portugueses do programa de Maria Elisa passaram a entrar Salazar e Cunhal, mas não qualquer mulher, nem a Amália. Julgo que tudo seria diferente se, em vez de figuras humanas individualizadas, pudessem participar entidades metafísicas. Porque, neste caso, sempre poderiam entrar na lista uma Maria da Fonte ou então quem inevitavelmente venceria o sufrágio divino e humano, a portuguesíssima Nossa Senhora de Fátima. Como me contaram, até houve, noutras épocas, um lusitano sacerdote da Califórnia que, ao abrir uma escola de língua portuguesa, utilizou o "slogan": venha aprender a única língua em que Nossa Senhora falou ao mundo!