A tenda é desinflumável e o ar que lhe deu é o ar que a desfaz

Adeus, Cimeira! Adeus, Tratado! Foi bela a festa, pá! Amanhã é dia de trabalho e, infelizmente, de mais desemprego, de mais PGR, de mais STJ e de mais comarca do Baixo Vouga. A tenda é desinflumável e o ar que lhe deu é o ar que a desfaz.

Faz frio e temos de aturar os muitos patrões empregados em que o estadão se desdobra, desde o papão das bruxeletas ao patrão do sanbenito. E nem Cavaco foi capaz de dizer que sem 1 de Dezembro de 1640 não haveria Brasil, o tal Portugal à solta, para glosarmos Manuel Bandeira. Viva a armilar!

O Estado tributa e consome; o país contribui e definha. O expediente dos mais simples negócios dilata-se e complica-se. O número dos empregados públicos cresce: o dos funcionários gratuitos diminui. A massa dos impostos, repartida por quem não sabe o que eles custam, é prodigamente gasta (José Félix Henriques Nogueira, lá na segunda metade do século XIX)

Qualquer constituição europeia que instaure um novo Estado europeu único, no qual os Estados até então soberanos se integrem, é irrealizável (Bluntschli, um dos primeiros defensores da ideia federal europeia, em 1878)