Patriotismo. De Teresa Vieira
O patriotismo não é de esquerda nem de direita como bem já escutei dizer. Mas o que está em causa é que em Portugal não se tem "visto" ultimamente que o patriotismo seja uma questão d'alma, realidade que entendo dela fazer parte. Mais, se no espaço da partidite existe apenas direita e esquerda e centro, então na vida de cada um onde está o espaço da opção em liberdade por uma via de um outro sentido? o sentido vivo de que os mecanismos livres se entendem por essa razão em grupalidade solta, sã e lucida?
Diga-se e (re)diga-se que a surpresa das votações só reside nas atmosferas de oxigénio impenetráveis às sondagens, a estas e não só...
A questão da candidatura de Alegre, não se localiza neste momento nele mesmo, antes na oportunidade temporal de quem se quer agarrar à Lua, fotografar Marte e pregar na Terra.
Manuel Alegre é em si um princípio e uma cor de energia edificadora em muitos campos, mas tem de ter presente que a procura reside no não deixar de procurar; no não se deixar envolver na era atómica e não tomista da acção da mola das influências.
A liberdade é como Alegre sabe, um princípio cósmico e é dessa fábrica que sai aquele que é Homem. Apela-se assim que Alegre não permita que os blocos tapem a luz que vai respondendo ao chamamento de quem tem c.v. que de longe fareja as minas anti-liberdade.
Creio que o chamamento da consciência é um estádio anterior ao da responsabilidade e todos temos um serviço por cumprir na intuição poética e única que disciplina uma vida limpa.
Há combates e existem planos. Por mim prefiro abrir estradas.
Teresa Vieira
18.01.10
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