a Sobre o tempo que passa: Ao António Feio. De Teresa Vieira

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

30.7.10

Ao António Feio. De Teresa Vieira



Sofrem os homens
Dores
Tão insuportáveis
Que até morrer a própria
Morte
Ou a dos outros
É colher pedaços
De inocência.


Teresa Vieira – A NAU E OS DIAS, Dinalivro, 1999
30.07.10
Sec.XXI