Do Estado de Bem-Estar ao estado de mal-estar
In illo tempore, ainda quando o dito ainda era um velho Estado Novo, o monstro, apesar de forte e despótico, não tinha penetrado tanto nos domínios da educação e da saúde, como nos dias que correm. Agora, com o abuso do intervencionismo, do concentracionarismo e do centralismo, regressam naturalmente os atavismos do Leviathan.
Pedro Santana Lopes que se cuide. Se perder totalmente o norte na zona das políticas públicas da educação e da saúde, toda a nau da governança começará a meter água e a viagem para a terra prometida não se realizará. A guerra dos cartões, o delírio da colocação dos professores e outras engasgadelas demonstram bem o modelo a que estamos sujeitos.
Vivemos em plena ditadura da incompetência e no absurdo concentracionário de um centralismo. E tudo vai sendo gerido pelo ministro aposentado xis-pê-tê-ó, conversando com o aposentadíssimo colega ó-pê-tê-xis, com um que diz que é social-democrata, por causa dos tractores, e outro que diz que é democrata-cristão, por causa das celestes que nomeia.
Portugal que resta não aguenta mais a desvergonha deste spoil system do rapó-tacho. Os cargos e recargas com que vão presenteando as respectivas clientelas são sustentados pelo suor dos milhões de cidadãos. O dique controleiro da teledemocracia com que aguentam a revolta dos justos pode ter inesperadas fissuras e quando todos formos inundados pela verdade, entraremos no habitual descontrolo dos que têm sede de justiça.
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