O construtivismo dos decretinos
Certas engenheirais epistemologias podem continuar a pensar baixinho, supondo que as ciências humanas e as ciências sociais não passam de execráveis, obscurantistas e tolas ciências ocultas. E lá pensam que conseguem captar o sentido da coisa, apenas porque conseguem elevar à categoria conselheiral os pseudo-manitus que julgam deter o monopólio das áreas científicas onde não produzem há décadas. Pena que tais engenheirais notáveis do decretino continuem a ir além da respectiva chinela. Correm o risco de terem entrada na história do nosso pensamento como quem destruiu a pluralidade de paradigmas.
O proibicionismo caceteiro e a persiganga, só porque assentam nos donos do subsidiável e do inspeccionável e que nem sequer têm que registar interesses e acumulações, podem continuar a inspirar muitas transpirações serôdias, inumeráveis côrtes de salamaleques, lisonjas e engraxamentos, mas acabam por contribuir para o nosso fenecer sem honra nem humildade.
O decretino e o mediático podem ter, no curto prazo, a razão da eficácia, mas nem por isso se livram de poderem ser um clamoroso erro no médio prazo e até uma estupidez destrutiva no longo prazo.
De boas intenções está o inferno do pseudo-reformismo cheio
Não há meio de compreenderem que a história, mais do que o produto da intenção de certos homens que dizem deter o monopólio das boas intenções, é, sobretudo, o produto da acção dos homens livres. A história é sempre uma co-criação de homens livres e raramente é detida pelo caixilho teórico dos que apenas pensam que pensam.
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