Monsieur Alcagautes en Lisbonne
Passou ontem por Lisboa o renomado escritor, filósofo, pensador, predador e milionário Monsieur Alcagautes (leia-se g-ô-t-e-s). E Lisboa pensou. Bárbara Guimarães entrevistou-o, segundo guião. Maria Jota Avillez radiografou-o, sem guiador. A revista do Expresso psicanalisou-o, sem sofá. E Lisboa pensou, no auditório da FNAC. Lisboa só pensa quando Alcagautes cá vem dar uma volta pelo Pirigaitas. Não que a cabeça de Alcagautes não pense. Quem não pensa são os que dizem que só Mário Soares é que pode dizer quem pensa em Lisboa, na Europa, no mundo, no cosmos. Antes de Alcagautes ser moda, Gautes Alca era moda. Hoje Gautes Alca morreu e Alcagautes está vivo.
Lisboa, um quarto de hora antes de morrer já está morta. Vale-nos Mário Soares e a sua Fundação para a Restauração Racionalista. E os amigos todos da dita cuja, à espera dos restos que sobrem de Monjardino e Stanley Ho. E de quem vai gerir o novo Casino da Expô.
Robespierre, ao menos, inventou a guilhotina. E o Terror. O Estado Terrorista. O Terrorismo da Razão. E saneou as ideias em França, com isso da Vendeia.
Alcagautes é filho do Maximilien. E de uma concièrge Máriá, natural de Alcagaitas, nome de uma aldeola, lá prós lados da Lourinhã. Gaita p'rós gaijôs! Viva a alibábá democráciá!
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