A (des)lealdade, (des)estabilidade e (des) coordenação
Achei que, apesar de Portas e Gomes da Silva, tal não podia ser o porte do ministro do desporto, da juventude e da reabilitação, adjunto do primeiro "entertainer" da pátria. Voltei a clicar, juntando-lhe presidente da república, e apareceu-me outra coisa assombrosamente venezuelo-libiana, apesar dos direitos humanos:
Não! Não basta pôr um "agá" e lusitanas "keys" no "e-government". As chaves desta pelingrafia são com "zê" e a homenagem pela construção de dez estádios para o Euro 2004 e os Olímpicos de 3005 não podia ser feita a uma pátria com oito séculos e meio e que organizou a reconquista de Ceuta em 1415. Só à terceira é que foi de vez: pus Lopes, Sampaio e lóbi, para descobrir o dito demitido(auto) como deputado da Nação!
Fui depois à cata do respectivo curriculum político. Fiquei a saber que o mesmo acusou os críticos da actual direcção de "profunda cobardia", por não quererem ir ao congresso do partido. Tomei também conhecimento que o dito estava em guerra com seis milhões de lusitanos, porque Luís Filipe, o Vieira, terá dito: "custou-me ouvir o sr. ministro dizer que só por cortesia o DVD não foi pela janela". Aliás, o pneumático dirigente adiantou também que a delegação "benfiquista" esteve "mais de duas horas" reunida com o ministro, encontro no qual se debateu "temas que têm a ver com o panorama desportivo, a situação do «dopping», da corrupção e do bem estar do futebol, nomeadamente a falta de paz nos estádios". Mas sobre este assunto, Henrique Chaves logo esclareceu que nada mais tem a acrescentar: "Eu sobre isso já disse tudo o que tinha a dizer, já não falo mais". Este mesmo terá também criticado em Vila do Conde os militantes do PSD que, através dos "media", criticam ao partido, classificando tais atitudes como "punhaladas pelas costas". O demitido pôs a demissão no media-Lusa quando Pedro estava em Ribeira de Pena, diante dos clamores do movimento Douro sem portagens.
E em sua honra, decidi passá-lo a preto e branco. Fica melhor em ministerialíssima pose:
Julgo que o Presidente Sampaio deve saber menos do que Cavaco Silva. E talvez não tenha lido os "dossiers" de Paulo Portas e Manuel Dias Loureiro. Pode até ter menos assessores do que as "holdings" dos "patos bravos" e dos "tio patinhas". E nem sequer lhe deram o telemóvel de Domingos Jerónimo. Mas vai manter a estabilidade, confiar na coordenação e prezar a lealdade e falar verdade. Como Dias da Cunha é do PS, Pinto da Costa assumiu a dimensão europeia e Luís Filipe Vieira anda à procura do DVD, resta a Pedro a reserva do Norte, onde há um outro Luís Filipe que disse não recandidatar-se e um outro Rui que pode também entrar em concorrência duriense. Até também podia ser o Isaltino, para este não ter que enfrentar Helena Lopes da Costa, mas Oeiras e Sintra valem a pena. Há, contudo, mais autarcas laranjas que já contabilizaram a inevitável derrota. E Luís Delgado também servia. Começo, cada vez mais, a compreender as infinitas curvas confucianas que atravessam as volutas maoístas da adolescente mentalidade do actual presidente da Comissão Europeia. A vingança já está fria e demorou pouco tempo. A pátria que se lixe. Viva Pirescoxe! E não levemos isto muito a sério...o Marcelo já não faz homílias na TVI e as audiências precisam de ser recuperadas com novas versões da Quinta das Celebridades.
Vale a pena reler parte do artigo de Cavaco Silva no Expresso: Três razões podem ser avançadas para explicar a atitude de afastamento das elites profissionais da vida político-partidária. Por um lado, a sua convicção de que, fazendo Portugal parte da União Europeia, não há risco de retrocesso do regime democrático de tipo ocidental em que vivemos. Por outro, o convencimento das elites de que a participação activa na actividade política tem custos elevados - custos materiais e de exposição pública - e de que podem influenciar as decisões políticas de outra forma - através de contactos pessoais, associações ou corporações de interesses. Mas talvez a razão mais forte do afastamento das elites resida na ideia de que, nos dias de hoje, o mercado político-partidário não é concorrencial e transparente, de que existem barreiras à entrada de novos actores, de que não são os melhores que vencem porque os aparelhos partidários instalados e os oportunistas demagógicos não olham a meios para garantir a sua sobrevivência nas esferas do poder.
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