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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

2.12.04

Estabilidade, competência, previsibilidade e segurança


Yes, Mr. Doors is the Nato's minister of the year!

Portas, o político mais "estável, previsível e seguro" que tivemos, dotado de uma inequívoca "cultura de responsabilidade" é, sem dúvida, a mais firme "garantia de estabilidade e tranquilidade" para a pátria, aquele que está sempre e tão-só "a pensar em Portugal e só em Portugal", bem aconselhado por Marques de Almeida, Vasco Rato, Pedro Guerra e Nuno Gonçalves, até porque sabe que o mesmo "Portugal detesta querelas" e aprecia o novo defensor dos pobrezinhos e da paisagem da Arrábida, Luís Nobre Guedes. Homem de valores e de "um partido de valores", porque "tem obra para (a)mostrar", decidiu que, relativamente ao PSD "não sugere, não pede, não aguarda". Vai já de jaguar de S. Julião da Barra para o Largo de Santos, deixando-nos as finanças em félix e o turismo em telmo.



Uma amostra de estabilidade, segurança, previsibilidade e cultura de responsabilidade

Julgo que, perante a envergadura desta amostra de político (o de direita, na foto de cima), exemplo de transparência que nunca querelou nem foi querelado, paradigma de honrada vida pública, de inquebrantável solidariedade humana e de patriotismo moderno, sem o qual o país não teria defesa, nem os combatentes, protecção, o PSD deveria não ser ingrato. Não só o teriam de convidar para ser plataformizado como, sobretudo, que reintegrá-lo como militante activíssimo, de modo a que, com o apoio de Jardim e Cardona, pudesse, imediatamente, ascender a candidato a primeiro-ministro de uma coligação reforçada, libertando assim o respectivo sucessor na empresa de sondagens, Santana Lopes, para a sonhada candidatura presidencial. Portas é mais do que uma moeda forte, ele é uma nota fortíssima da divisa eurocalma, o indispensável cheque capaz de dar cobertura ao nosso futuro de submarinos. Razão tinha Santana quando acusava Cavaco de poder pôr em risco a coligação... Bastou um simples artigo num jornal independente, mesmo antes de candidatar-se, para que pudéssemos comemorar mais aliviados o dia da independência!