Entre Maputo e a cidade da Praia
Neste dia dito das bruxas, Sócrates está em Maputo. Descansa no conforto do hotel Polana, antes de ir assinar a venda dos últimos restos do último Império português, aquela parcela de uma carteira de acções que nos faziam proprietários maioritários da barragem de Cahora Bassa, a tal que vendia energia ao apartheid abaixo do preço do custo e que o novo Estado independente nunca quis assumir, porque não valia a pena nacionalizar os prejuízos. Já na cidade da Praia, a angolana Amélia Mingas vai assumir a presidência do Instituto Internacional da Língua Portuguesa. Não consta que tenha actualidade o manual de estratégia do general Kaúlza de Arriaga, com os seus nós górdios, nessas malhas que o império terrestre teceu. A nossa pátria comum continua a ser a língua portuguesa, segundo os manuais de Luís de Camões, Cecília Meireles, Malangantana ou Chico Buarque. Importa convencer o Lula a desaguar no Tejo, sem ser numa jangada de pedra!
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