De como o capital pode ter pátria e Portas não comandou o "agenda setting" nestes dias belenenses...
De qualquer maneira, quem parece estar irritado com todas estas parangonas do caso UnI/Sócrates+Extrema-direita é Paulo Portas que, desta, não conseguiu driblar o agenda setting, pois todos os dias aparece mais um episódio da telenovela Sócrates, Vara, Morais, num enredo de telenovela que o carinhoso discurso de apoio de Soares da noite passada apenas agrava, quando o compara à campanha contra Ferro Rodrigues, sem fazer ligações ao protagonismo de Balbino Caldeira face ao processo Casa Pia, coisas que já se tornaram tão banalidade do mal quanto a explosão de mais uns iraquianos na tal guerra que não é guerra e já não tem Jane Fonda com idade atractiva para a condenar.
E é nas contracurvas e meandros deste ritmo que emerge a figura de Pina Moura a suceder a Anadia no comando de um dos principais fazedores de valores e de notícias de uma Lusitânia onde já uma vez perdeu o partido de Febo Moniz. O antigo bispo que nos andava a dar hispânica electricidade, parece agora mudar de energia cardinalícia, indo competir com Balsemão, no comando da rede do chamado quarto poder. Esperemos que continue marxista-estalinista e que pratique o velho esquema segundo o qual o capital não tem pátria...
Por essa e por outras é que aqui na minha aldeia de Belém, hoje somos todos belenenses, sonhando que pode ser desta que iremos mais uma vez dar uma volta à estátua de Afonso de Albuquerque. O Doutor Cavaco, que é nosso vizinho mais recente, que fique a saber que no jardim diante do seu palácio, há um banquinho de pedra sagrada onde foi fundado o clube cá do bairro e que esse é lugar de romaria desta pequena minoria dos adeptos do Matateu, do Zé Pereira e do Vicente, pelo que daqui mando o meu sentido abraço ao ajudense Helder Costa, meu colega e resistente de sempre, bem como ao jovem Pedro Guedes, sempre fiel ao seu reduto.
<< Home