Viajando pelas brumas da memória
Passo os olhos pelas parangonas jornalísticas, no silêncio da madrugada, antes de continuar meu beneditino trabalho que, em breve, será lançado na net, para uso dos estudantes e do público em geral, sem qualquer subsídio público ou de escola, dado que as despesas do domínio saem do meu próprio bolso, para não ter que entrar no leilão das dependências feudais e noutras garras eventualmente condicionadoras e até proibitivas da liberdade de pensamento, enquanto espero na espera dos dilatórios, para poder cumprir o que julgo minha missão ao serviço de uma ideia de obra. Reparo que a Drª Manuela foi a Belém consultar Cavaco sobre o Kosovo, quando lhe bastava ouvir um dos portugueses que mais sabe sobre matérias de relações internacionais ao vivo, o deputado do PSD Mário David. Também noto que outro deputado, internacionalmente actualizadíssimo, o PS João Soares, em vez de ser requisitado sobre a matéria, tem que diluir-se na questão das ricas casinhas para pobrezinhos lisboetas, quando podia proclamar que tem o mesmo senhorio que eu próprio, assim assumindo a honrosa posição de arrendatário de privadíssimas companhias da velha Lisboa, desmentindo, pela prática, o preconceito dos que, podendo partir e repartir, costumam ficar com a melhor parte. Aliás, o modelo de vida do João leva-me a não ter qualquer dúvida sobre as respectivas palavras, quando, agora, confessa que não entrou no leilão da repartição feudal. Mas outra é a revolta que me surge, especialmente quando alguns, mesmo que não tenham ficado com nada, a usaram para prosseguir o método de Guizot, fomentando o devorismo dos colaboradores e usando dos bens públicos para a compra do colaboracionismo de adversários e dissidentes.
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