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Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

4.2.10

A necessidade de um trinta e um qualquer, para que se instaure a Real República do Rapó-Tacho


Acordamos. Bolsas em queda. CDS em ascensão (os seguros da dívida e não os porteiros do sistema político). Almunia, amigo de Peniche. É negra, a quinta-feira. Mas pode ser menos branca a sexta. E pior ainda o próprio sábado. Antes do dia do Senhor. O madeiro não pode ser o bode expiatório... Por enquanto, todos devemos seguir o "espírito de diálogo paciente e frutuoso" que nos ajude a responder aos "desafios estruturais"... Quando era menino coimbrinha, todos os dias passava diante da melhor definição do presente regime político que, aliás, deveria ter adequado acolhimento constitucional: "Portugal é uma Real República do Rapó-Tacho...". Aqui deixo a fotografia da casa inspiradora... Neste tempo de homens lúcidos, há que ter a lucidez de ser ingénuo...