a Sobre o tempo que passa: Regresso à política, contra os coveiros do regime!

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

29.3.10

Regresso à política, contra os coveiros do regime!


Breve viagem pelos blogosféricos que persistem em fantasmas de direita, em santa aliança de contrários com os irmãos-inimigos que professam preconceitos de esquerda. Felizmente, alguns conseguiram intuir a essência da mudança, um quarto de hora antes do fim do maneleirismo, bem como do ambiente inquisitorial que perseguia como heréticos os que não subscreviam o rumo suicida da direita que convém à esquerda e que poderia continuar a ser a mais estúpida do mundo...

PS e PSD estão separados por cinco pontos em termos de sondajocracia. Mas PSD mais CDS são menos do que a soma do pretenso povo de esquerda. Logo, Cavaco vai dizer sempre que vale mais do que a AD e a soberania do PSD pode continuar condicionada...

Espero que não continue a música celestial deste mais do mesmo que marca o ritmo dos coveiros do sistema que poderão ser os assassinos do regime. Estou farto dos álibis costumeiros para a nossa decadência, do presidencialismo à globalização, da União Europeia ao financismo salazarento...

Sócrates nunca perdeu. Tem ido, de vitória em vitória, sem se aperceber que vencer, às vezes, pode ser o mesmo do que ser vencido...

O pior deste sistema está naquela subsidocracia que, apesar de legal, depende da simpatia do gestor da rede de grandes sacos azuis de certas políticas públicas, estaduais ou europeias, essa fase superior da compra do poder, que muitos pensam ainda estar dependente de Dona Maria da Cunha...

Passos Coelho que, profissionalmente, conhece os meandros de tal política dita de ambiente, deve iniciar o seu caminho, caminhando com uma nova atitude: mostre as contas da respectiva campanha interna e proponha uma alteração estatutária, para que todos os outros se livrem de futuras campanhas pretas!

Porque num partido que mistura tudo, incluindo sinais ideológicos, quanto mais massificação, mais organização, isto é, mais homens do aparelho, mais sargentos verbeteiros e, portanto, mais possibilidade de política de sigilo quanto aos financimentos partidários que não são controláveis pelo sistema público de controlo das fontes de compra do poder....

O PSD, depois de ter mostrado que a regeneração do regime pode vir de dentro, isto é, dos próprios partidos, deve acabar de vez com os ausentes-presentes e com as consequentes guerras por procuração. Espero que, dentro dos laranjas, não haja mais inúteis que se arroguem como homens de Cavaco, de Barroso ou de Marcelo, essa direita que convém à esquerda e vicia os bons combates políticos...