a Sobre o tempo que passa: Por este poema e por muito mais. Por Teresa Vieira

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

9.6.10

Por este poema e por muito mais. Por Teresa Vieira

Por este poema e por muito mais

Mas isto é nada pra ganhar partido

Dos homens gastos por bandeiras gastas,

Vigilantes de livros e de castas,

Em defesa do mundo dividido.

António Manuel Couto Viana estava sempre desejoso de se reformar da reforma. O seu quarto, na Casa do Artista serviu bem o «crochet» da palavra.

Discretamente demais a Imprensa Nacional/Casa da Moeda editou dois volumes contendo a obra poética de António Manuel Couto Viana.

Por todos os poemas e restante trabalho de vida, que se leia o seu “Ainda não”.

M. Teresa B. Vieira

9.06.10

Couto Viana e Miguel Torga, Macau, 1987. Imagem picada aqui.