a Sobre o tempo que passa: Recordando Antígona, com imagem islamo-turca do pretexto comum (do novo livro, p. 46)

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

28.12.10

Recordando Antígona, com imagem islamo-turca do pretexto comum (do novo livro, p. 46)



Hoje não apeteceu sulcar
os meandros eruditos, académicos
de tantos livros que não li.
Preferi recordar Antígona:
não nasci para odiar,
mas para amar!
Há húmidos caminhos
nesse fluido dos deuses
que vão além de seus limites,
mas cumprem as regras eternas
e imutáveis
que ninguém sabe como surgiram
mas que sempre se recebem
em comunhão.
É esse o sinal distintivo da criação.
Que seria de nós, simples mortais,
se não ousássemos, de vez em quando,
repensar nosso sentido?