Antes de Marcelo deixar de homiliar
Aqueles que têm crenças já não as podem exercitar no espaço público da pátria. Ficamo-nos pela pequena solidão dos lares, pelas pequenas catacumbas das redes de amigos. E quase de nada valem os signos institucionais de outras procuras. A Universidade depende de um elogio televisivo de Luís Delgado ou por um relatório em inglês de Veiga Simão. As forças armadas tendem a ser encimadas pelo charuto Davidoff de Helena Sacadura Cabral. A justiça, um longo sorriso dilatória. E a república, a ambiguidade discursiva de Sampaio, essas palavras emitidas que apenas servem para interpretações contraditórias. Discursos onde não há linhas, mas apenas entrelinhas. Onde não há ideias, mas insinuações.
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