Governo dos espertos e administração decretina
Quando uma determinada situação política passa a ser objecto do domínio perpétuo do acaso, onde o burocrata começa a ter a ilusão da acção permanente, atinge-se o chamado governo dos espertos, para utilizarmos terminologia aprendida em Hannah Arendt
Chega-se assim à despolitização típica do governo da burocracia, com uma administração que apenas aplica decretos, como acontecia com o czarismo russo, a monarquia austro-húngara e certos impérios coloniais.
Os burocratas destes regimes que administravam territórios extensos com populações heterogéneas, pretendendo suprimir as autonomias locais e centralizar o poder.
Contudo, nestes modelos, os donos do poder exercem uma opressão externa, deixando intacta a vida interior de cada um, ao contrário dos totalitarismos contemporâneos.
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