Foi bonita a festa, pá!

Rigor, exigência, confiança, festa, lágrimas de alegria, milhares de papelinhos que caem, vivório, foguetório, e apenas uma abstenção face à santanal moção de estratégia. Sim, falou a voz que é a "vanguarda de futuro", falou "mais Portugal", a pátria profunda, mobilizada pela Conceição Monteiro. "Humano sou, humano sempre serei!". Rigor, exigência, confiança, pátria, europa, mundo. Lindo, lindo, sem teleponto, sem os três écrans que ontem vigiavam o que se dizia do congresso. Lindo, lindo. Porque "a vida aliviou um pouco", porque "temos uma tarefa gigantesca pela frente", "temos um caminho longo a percorrer".


Pedro, tu és a pedra firme que conduzirá a pátria até 2014. Contigo, iremos assumir "os oceanos como desígnio de Portugal". Contigo, teremos "mais investigação" e "mais saber". Contigo, estaremos "com as causas da modernidade" e com "os sectores tradicionais". Ai de quem não saiba o nome de teus apóstolos-vices, de Rui Rio, Vítor Cruz, Pedro Pinto, Nuno Morais Sarmento, José Luís Arnaut, e Helena Lopes da Costa. Ai de quem não venere Miguel Relvas e mal abençoados sejam os que não fixam o nome de Joaquim Ferreira do Amaral, o actual enérgico e petrolífero presidente do Conselho Nacional. Ou os que não repitam o excelso nome de Manuel Dias Loureiro, o supremo comandante do Congresso. Cavaco não tem razão, a vida partidária é muito interessante nestes interesses e neste grande grupo de interesse.


Confio em ti, pedra que és Pedro. Sei que, como político, sempre falaste verdade. E, contigo, "vamos a isto". Com o juiz Negrão, com o juiz Pinto, com a "justiça justa". E com muitos outros juízes que, continuando a julgar, poderão vir a julgar que é melhor dar um salto para a política partidária, sempre contigo. Eu também aprendi com a história, eu também sei que as pessoas sabem "distinguir entre o que ouvem e o que são as realidades". Tu falas, tu fazes espectáculo e tu és a realidade. O que dizes é a verdade, a força, o coração, a inteligência. Bastou notar a cara laroca do presidente da Assembleia da República, sempre enigmaticamente igual ao hermético. Bastou reparar na científica graça de quem nos comanda o conhecimento e o saber. Quem somos nós, pobres mortais, face ao estratosférico, à seta que aponta para o supremo, para o piramidal. "Há muito trabalho a realizar" contra essa grande falta de causa que é a miséria....