Mais política e menos Estado, mais povo e menos tecnocracia
Porque os maus políticos da péssima partidocracia que nos esmaga são quase todos filhos do próprio cavaquismo que, num passe de mágica, quase assume o papel de bombeiro disponível para apagar os fogos que ateou. O santanal e o barrosal são criaturas geradas pelo criador-Cavaco e quase se torna ridículo esse paradoxo de um apelo à legitimidade da competência a partir da legitimidade carismática. Porque em nome do homem provindencial não podemos assumir a meritocracia.
Se calhar era melhor assumirmos leituras de teoria da democracia um pouco mais recentes. Cem anos depois de Darwin e Comte, há que repensar as teses da poliarquia e do elitismo democrático, sem a ganga tecnocrática. E exigir que a política seja superior à economia. Só haverá democracia se clamarmos por mais política e menos Estado, por menos partidocracia e por mais povo.
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