Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
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"Devemos passar de uma concepção unipolar do Estado para uma outra multipolar, que passe por Lisboa, Barcelona, Bilbau, certamente por Sevilha, e juntos poderemos acabar de alguma forma esta península que nunca foi concluída" (palavras de Josep Carod-Rovira, o líder da Esquerda Republicana da Catalunha, com triângulo e tudo, de passagem por Lisboa, a convite da Fundação Mário Soares, no ano de 2005).
Nada de espantar pardais. Apenas protestamos contra o facto de não repararem nos meus amigos do Movimento de Libertação de Castela e de não assinalarem que em Portugal já é língua oficial uma variante do leonês, o portuguesíssemo mirandês. Também estranhamos que Rovira não tenha invocado Santiago da Galiza e o nosso enraizado sentimento mata-mouros, como continua a soprar lá para os lados do Funchal e que bem poderá incendiar Las Palmas.
Eu, português e iberista, adepto da aliança peninsular e conhecedor da soma de Aljubarrota com Toro, defendo convictamente que as muitas Espanhas da Espanha resolvam o respectivo contencioso com o Estado Espanhol sem nos incluírem no rol dos que não conseguiram fazer 1640. Porque foi a partir de então que nós, república dos portugueses, nos conformámos como comunidade política moderna e com adequado seguro de vida independente naquela pós-modernidade peninsular que bem pode portugalizar a Ibéria.
Notem apenas, irmãos ibéricos, que Portugal sempre foi mais do que este Portugal que resta. 1640 deu origem àquela América Portuguesa que, depois de ser Reino Unido, da armilar, se tornou independente da Santa Aliança sob o nome de Brasil. Mas nem por isso deixo de simpatizar com a ERC, a Convergência, a União e o Partido Nacionalista Basco. Sugiro que se faça uma tradução para catalão das obras de Francisco Velasco Gouveia e de João Pinto Ribeiro.
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