Bem eu andava a desconfiar...
Lá fiz o meu galicista Politest e os resultados foram desoladores:
Vous vous situez tantôt à droite, tantôt à gauche selon les thèmes abordés.
Le parti dont vous êtes le plus proche :
l'UDF
Le(s) parti(s) qui vien(nen)t ensuite :
l'UMP (tendance centriste)
Vale-me que não acredito nestes testes, por razões antropológicas. É que nos norte-americanos, sou de esquerda, nos britânicos, sou conservador e, em Portugal, já não tenho partido. Ainda ontem, recordava com um amigo uma certa incursão que fizemos numa reunião de cavaquistas no Palácio da Independência, pouco depois da primeira vitória eleitoral de António Guterres, numa iniciativa de Paulo Teixeira Pinto, quando este ainda era mais político do que bancário e estava a lançar um jovem e estrelado poeta-político dos dias que correm. Na altura, confessei que havia votado PS contra Cavaco e perdi todas a hipóteses de vir a ser ministro ou deputado, porque um radical como eu está sempre de mal com os homens por amor de el-rei e de mal com el-rei por amor dos homens. Mas não é só por haver doentes do mundo que a doença deixa de ser um bem.
Posso ser federalista e nacionalista, tal como ser europeísta e dizer "não" à Constituição europeia, ao mesmo tempo que assumo o tradicionalismo e a defesa da maçonaria, enquanto também sou pela despenalização da IVG, pela regionalização e contra o estatismo dos socialistas e sociais-democratas, mas sem tentações neoliberais de certas traduções em calão, mesmo que venham de mestrados e doutoramentos por fotocópia e "scanner". Porque se as causas identificadoras da direita forem as ditadas pelo Bloco de Esquerda, pelo Opus Dei e por Paulo Portas, eu não sou de direita, permaneço no nacionalismo liberal e, como radical do centro, corro o risco de votar à esquerda, como já fiz. E quem tiver dúvidas sobre a coerência deste blogue, espreite, na coluna ao lado, os elementos mobilizadores que o fizeram nascer, em Setembro de 2004. Não fui eu que mudei, quem se alterou foi o politiqueirismo populista e eternamente maquiavelista que pensa ter razão demagógica no curto prazo, mas não reparando que, com tantas trapalhadas sem princípios, a perde no médio e longo prazos, especialmente se o povo continuar a não ser parvo e os intelectuais em seu pensar, da racionalidade finalística e da racionalidade axiológica, assentes em compatíveis subsolos filosóficos.
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