a Sobre o tempo que passa: No mais além do Ocidente

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

3.7.05

No mais além do Ocidente

Sigo meu signo, me persigno:
pelo sinal de quem sou,
saúdo a raiz do mais além,
donde vim, p'ra onde vou.

Lá longe , p'ralém do mar,
lá no mais além do ocidente,
onde o azul é mais azul,
e o mar a mais imaginário.
Lá, no ventre mãe donde se vem
sempre essa bruma sem fim
marulhando por dentro de mim.

Somos sempre mais além,
nesse destino de mar por cumprir.
que é o sonho de Portugal.
Saibamos então saudar
as navegações por fazer
no tempo que há-de vir.
Sejamos sempre dignos
de nosso império futuro.