Partido e repartido
só quando te procuro me reencontro.
Só quando te recordo
consigo reaver minha procura.
Sou borboleta inquieta
e abelha que volteia
à espera da primavera.
Tenho sede de grandes espaço
por onde possa estender meus braços
e repartir meu pensamento
em abstractos pedaços.
E assim disseminado
pelas coisas que me rodeiam,
vou e venho, pendular,
vou e venho, dentro de mim.
Sou todo o mundo e ninguém,
todo o mundo sou eu próprio.
Só quando te procuro me relembro
só quando te recordo
consigo reaver minha procura.
Só quando estou contigo
é que consigo voltar a ser
quem na verdade sou.
Só quando nosso passado
se faz presente
é que o futuro volta a ser
caminho a percorrer.
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