Sou árvore replantada
sobre um chão que não é meu
nesta cidade onde vivo, sobrevivo,
emigrante de quem sou.
sem aquela seiva peregrina
que em sonhos nos reanima.
Esta ambição pelo que não tenho
este desejo de ser quem não sou.
E sempre a procura
do que penso ser a perfeição.
Entre o tudo e o nada,
sempre a procura do que não há,
a ilusão de um novo tempo
para onde penso que vou.
Sempre um lugar onde
em qualquer lugar.
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