Épreciso Portugal
dentro de cada português,
ter sinais atlânticos
que nos libertem
dos fantasmas do presente.
São precisos raios de sol,
réstias de sonho, laivos de fogo
Liberdade é sermos livres,
das tormentas ancestrais
e, sem medo de ter medo
navegar por navegar.
Quebrámos as espadas
no areal de Alcácer
e a desfeita nos vergou
pelos séculos dos séculos.
Coragem agora tem de ser
não esquecermos a derrota
e dobrando algemas de medo
incendiarmos a esperança
das sombras deste degredo.
Recriarmos a pátria prometida
na terra que nos tem cativos
Para que o pós-guerra não seja
essa hipócrita paz fingida
dequem espera mais batalhas.
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