a Sobre o tempo que passa: O máximo de felicidade para o maior número

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

24.1.06

O máximo de felicidade para o maior número

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A múmia do científico pai do utilitarismo e o mimético educativo

Procurando ser fiel a uma certa ideia de Portugal, pouco me importa ficar no incómodo minoritário face aos ventos daquelas modas que passam de moda e que geram a moluscular sucessão de pensamentos únicos, entre a esquerda menos e a direita menos, com que configuramos este não pôr os ovos todos no mesmo cesto. Porque, neste momento de encruzilhada, perante aquele unanimismo social-democrata, ou socialista democrático que, com Cavaco e Sócrates, tanto invoca a esquerda moderna comos os ideologismos revisionistas de Bernstein, apenas podemos notar que atingimos esse máximo de ousadia que significa a astral conjugação do PPE em Belém com o PSE em São Bento. Assim, temos de reconhecer que este alargado regime da fusão, expresso pela hipérbole conciliadora e coabitante do rotativismo, não levará a que, nos próximos anos, surja qualquer incidente de política doméstica que ameace este equilíbrio do c

Por outras palavras, as eleições presidenciais e as eleições legislativas, assim somadas, se têm inequívoca legitimidade democrática e até poderão ter sonhos ridentes de Bill Gaitas e Eme Ai Ti, essas novas formas de bacalhau a pataco, da futura oportunidade perdida, levram a um equilibrismo que só poderá ser abalado quando uma crise importada demonstrar que os irmãos-inimigos não passam de um magnífica estátua de ilusões assente nos pés de barro de um péssimo sistema educativo e de um modelo social não meritocrático.