a Sobre o tempo que passa: Contra os colectivismos morais que, somados, abusam da nossa paciência

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

14.10.07

Contra os colectivismos morais que, somados, abusam da nossa paciência


Li o "Sol" desta e da outra semana. Guardei-me para sentir o todo daquilo que começou por ser uma pedrada no charco e reparei que o arremesso se volveu em "boomerang". Fui ler latinadas, passei por Palmela, lembrei-me o treinador Octávio e acabei em Cícero: Quosque tandem abutere Catilina patienta nostra? Reparei que Manuel Maria Carrilho vai para embaixador na UNESCO, abandonando a curiosa reflexão que começava a fazer sobre a reforma cultural dos partidos lusitanos. Notei que Berardo continua de candeias às avessas com Jardim Gonçalves, onde o Pai e o Filho não assistiram à inauguração de uma controversa igreja modernista. Reparei na nova direcção do PSD. E decidi terminar as reflexões do dia com uma outra citação, de Orwell, mas em inglês: The Catholic and the Communist are alike in assuming that an opponent cannot be both honest and intelligent. Qualquer semelhança com a realidade não passa de mera coincidência de acasos procurados pela teoria da conspiração.