Correio. Por Teresa Vieira
Por certo a chegada da primavera
Germinava já em nós e pronta a eclodir
As mãos dessedentadas frente ao ainda sol de inverno
Desenvolviam passos de dança sincopados junto ao rosto
Os deuses de dezembro começavam a sentir um inóspito ambiente
E deixavam-se sonolentos e intuídos por sob os cobertores
Recomeçara a curiosidade operante e subsidiária
Aos fundos de outras cores
Sobremaneira a sonância de ouro era já outra direcção
Coisa jamais vista uma vez mais
E escrevo-te outra carta
Definitivamente
não imune.
É bom poder mostrar (…) e acreditar segundo a própria proporção.
BARTHES
3.02.11
Sec. XXI
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