a Sobre o tempo que passa: <span style="font-family:georgia;color:red;">Não sou sociólogo político, nem sócio da APCP. Desta, só fui...um dia conto</span>

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

5.12.04

Não sou sociólogo político, nem sócio da APCP. Desta, só fui...um dia conto

No jornal "A Capital" de hoje, a jornalista Susana Dutra observa que tenho um "entendimento mais formal" sobre a questão da dissolução", quando considero que os portugueses se reconciliaram com Jorge Sampaio. «Concordo com o Presidente quando diz que perde o seu eleitorado na altura da eleição, tornando-se presidente de todos os portugueses.» E isto porque
os dividendos ou o prestígio que Sampaio pode reaver com esta decisão não podem ainda ser avaliados. «Ainda estamos a meio do jogo. Não sabemos qual o motivo que leva o Presidente a dissolver a Assembleia da República, nem do que vai resultar dessa decisão. Daí pode resultar uma alternância e não uma alternativa». Porém, considera que esta atitude «marca um estilo e um ritmo».

Fiquei a saber, nesta peça que, afinal, além de politólogo, também era "sociólogo político", coisa que, na verdade, não tenho competência para o ser, ao contrário dos meus excelentíssimos companheiros de painel, António da Costa Pinto e André Freire. Mas agradeço a gentileza. Já agora, quero também agradecer ao Carlos Pinto Coelho por me ter dado guarida no programa "Directo ao Assunto" da TSF, também hoje transmitido.