Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
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Diz-nos o Expresso desta semana que a 26.11 do corrente a pedido do primeiro-ministro, que alega razões de agenda (o casamento da filha da sua chefe de gabinete) , a posse é novamente adiada para 2.12.
Esta posse de dois secretários de Estado veio a ter lugar depois do anúncio feito pelo primeiro-ministro de que o Parlamento seria dissolvido, segundo comunicação que lhe tinha sido prestada pelo P. R.
Então é assim: para que precisamos nós de um governo completamente formado até à exaustão, se qualquer festa de casamento é bom pretexto para que se prove que o governo bem sabe que falta, falta, não fazia nenhuma, aquela que se refere à ausência de apenas mais dois secretários de Estado.
Então é assim: que razão leva o país a estar preocupado com agendas governativas alheias se, a agenda privada sempre se pode sobrepor ao trabalho pela Pátria?
Acresce que nesta festa se iam unir pelo matrimónio duas pessoas e, a outra festa era tão só, a tomada de posse de dois secretários de Estado a título precário, e acrescendo que os mesmos não se iam unir a nada a não ser a um governo de dissolução ainda que não oficialmente anunciada por quem de direito.
Então é assim: neste caso concreto quem teve razão foi o nosso primeiro-ministro. Há que aproveitar o desafio da frase" ó Maria vais para a festa? Vou!" É que há que dar prioridades à hierarquia dos deveres.
Então é assim: neste assunto, não há dúvida que a festa de casamento invocada pelo nosso primeiro, visou tão-só evitar que o país suportasse, por uns dias que fosse, o pagamento dos salários destes secretários de Estado, o que, diga-se, é coerente com o orçamento de contenção que se deseja ver aprovado.
É que, além do mais, empossamento também provém de empossar e empossar é investir na posse e esta significa o mesmo que assenhorar-se ou apoderar-se ou, riqueza , teres e haveres… Atento ao conteúdo destas palavras, seguramente que o primeiro-ministr,o há-de arranjar outras festas que evitem despesas ao povo na área de outros terem ou haverem o que desnecessário é.
Por estas razões e por outras que não se diga impunemente e de per se: Ai, a falta que eles (os secretários de Estado) faziam….
A. A.
P.S. Aprove-se o orçamento, sim! Basta aproveitar a Assembleia ferida de morte para que se prove o fenómeno que sustenta que os defuntos têm vontade inequívoca, quer pelas próprias leis da gravidade, quer pelo respeito pela última vontade do (ou dos) de cujos. De gratia!
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