Os nossos primos berberes, lá da Cabília
Mon cour s'en va goutte à goutte
Comme une bougie
Emprisonnée dans une lanterne.
Elle brûle et se consume,
S'étiole dans la chaleur étouffante,
Et décline, lentement, lentement.
Bientôt le vide à sa place,
Sa lumière s'éteint,
Et ce sont les ténèbres.
El-Hossein
Temos uns primos, ali em baixo, no norte de África. São os berberes. Já lá estavam antes de chegarem os árabes e por lá têm ficado. Esquecidos. E sem autonomia. Ontem, dia 15, um dos movimentos autonómicos da Cabília celebrou com o governo de Argel o primeiro acordo de um processo que permitirá a autonomia. Como nacionalista português saúdo a garantia de não-genocídio. E vou citá-los: "não à cultura da amnésia", "ninguém pode proibir que um povo siga o seu caminho". A Cabília pode ter esperança, como "comunidade de destino unida por um território, uma língua, uma cultura, uma memória histórica, mitos e instituições próprias". Chamemos-lhe nação. Saudemos o processo de libertação. Nas vias da democracia e do Estado de Direito. Ainda por cumprir.
andats thekkvaylithik
awin ithettsoun imawlan
andathen idhamnik
thedjitten oukkvel lawan
thamesslayth dhegwrebik
alnikk tsnadhin ithran
dhachou n'tmar'ikyerran?
Amalou Ahcène
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