Uma campanha muito aérea com cones de sucção
Santana, ainda em Paris, considera «incómoda» para o Governo a polémica criada em torno da visita de Morais Sarmento a S. Tomé e Príncipe, dizendo que vai «esclarecer a situação» com o ministro da Presidência quando chegar a Portugal. Este enjoo a aeronaves tem sido, aliás, um mal deste governo, depois de alguns recordarem que os Canadair são representados pela Omni de Dias Loureiro, num mal que já vêm de longe, de outros Falcon e de outras viagens aéreas em deslocações de membros do governo e de presidentes de clubes de futebol, bem pouco tropicais.
Mas nem tudo é negativo para a banda laranja. Luís Filipe de Meneses foi fulminante: o PS limita-se a querer beneficiar do efeito de cone de sucção de uma realidade político-social pouco favorável, mas de que foi o único causador. E um dos jornais dirigidos pelo grupo onde manda Luís Delegado já começou a telenovela anti-socrática, talvez para compensar o que o mesmo prosador hoje nos deixou no seu lugar de refúgio e que, sem hipocrisia, merece o nosso elogio: começou a «luta» pelos futuros lugares em tudo o que o Estado pode decidir. Todos os dias há «novidades» nesta e naquela aproximação, algumas delas surpreendentes, e tão invulgares que os que ainda não chegaram ao Poder – nem de longe nem de perto – já estão em almoçaradas e jantaradas de distribuição de lugares, de recomposição de empresas e de ofertas de prebendas. E até nem é espantoso. O que causa repulsa, no entanto, é ver alguns dos que fizeram o mesmo com o PSD/PP, serem agora os primeiros a querer mostrar vassalagem a um Poder que ainda não é. Mete nojo. Mas as coisas são o que são. Podemos garantir que o autor desta citação é um exemplo de imparcialidade e de independência crítica face aos poderes que se vão sucedendo...
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