Maio de 2068, juizes alternados, apitos e sociedade de casino
As notícias televisivas do dia começam com reportagens sobre manifestações dos alunos do Básico e do Secundário cumprem um dia nacional de luta, principalmente contra a privatização do ensino. Nenhum deles indicou a sua preferência de voto quanto ao conclave da próxima segunda-feira e as televisões não entrevistaram Manuel Braga da Cruz, Martins da Cruz ou Manuel Damásio. O processo de infanticídio continua até ao próximo Maio de 2068, enquanto Mário Sottomayor Cardia não reedita as suas críticas a António José Saraiva, não se relêem as páginas de Raymond Aron sobre a matéria e fazemos mais uma entrevista a um deputado do BE sobre o evento. Entretanto, os dados indicam que os cartões Visa em Portugal eram, no final de 2004, em número superior à população: totalizavam 11,7 milhões. Viva a sociedade de casino, no país mais à esquerda e mais socialista da Europa! Mas os dados também indicam que apesar de andarem com vários cartões na carteira, no momento de pagar, os portugueses ainda privilegiam o numerário ou os cheques.
Já um cliente de um bar situado em Ovar arrancou parte de um dedo do proprietário do estabelecimento, à dentada, e depois terá engolido o mesmo. A orelheira sempre fez parte do cozido à portuguesa. A cena não se passou no mesmo sítio que levou um juiz a ser acusado de VIP em bar de alterne, conforme consta de outro processo. Não repetimos as novas que dia a dia nos revelam mais alguns pormenores das escutas do processo "Apito Dourado". E fazêmo-lo em homenagem à luta contra as fugas ao segredo de justiça e sobre o que comentámos sobre a lista dos bufos que, ao que parece, serão remetidas, com garantias, para a Torre do Tombo. Este serviço estadual parece ter dado as necessárias garantias de recato e assim farão companhia aos processos da Santa Inquisição. Ao que consta a biblioteca gerida pela Concordata anda mais preocupada em guardar arquivos dos centros de estudos de ciências humanas em extinção, porque não fiéis à interpretação das Escrituras, feitas pelos glosadores do múnus da linha justa ascensional para a subida ao poder do subsídio concedido pelo Professor Doutor Engenheiro Ramoa Ribeiro e seus conselheiros distribuidores de subsídios para as ciências ocultas, nomeadamente os que subscrevem grossas linhas sobre o futuro da geopolítica, assente em longa experiência bancária.
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