a Sobre o tempo que passa: Porque hoje é domingo...vou acariciar a urze

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

2.10.05

Porque hoje é domingo...vou acariciar a urze

Como o Sobre o tempo que passa já tem mais do que um ano de vida e começa a ficar muito plenificado de si mesmo, apesar de ter constante colaboração da minha irmã Maria Teresa Bracinha Vieira, decidi abrir estas páginas, de forma regular, a alguém de uma geração com uns anitos abaixo dos meus, pelo que, a partir de amanhã, terei várias colaborações de Epifânio Estrupa Caçapa. Hoje não digo nada, porque é domingo, porque é Outono, porque é Outubro, porque houve um atentado em Bali, porque o Oceano Ártico está a derreter e porque as aves migratórias estão a atravessar os céus com a gripe das aves no bico. Logo, tentarei nada dizer de autárquicas ou de presidenciais, porque, infelizmente, todos nos estamos a nivelar por baixo das portas, metidos num sobrescrito cor de rosa, onde antigamente metíamos o elefante da mesma cor, conforme a anedota. Mas como os dias de anos são quando um homem quiser, adeus, adeus, até ao meu regresso, que será amanhã, se Deus quiser. Vou até ao Valbom dos Gaviões, para acariciar a urze.