a Sobre o tempo que passa: Nunca fui militante e muito menos dirigente do PP

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

18.11.05

Nunca fui militante e muito menos dirigente do PP

Image hosted by TinyPic.com

O semanário "O Independente" traz hoje uns comentários meus ao discurso da candidatura presidencial de Jerónimo de Sousa. Apesar de terem surgido através de uma entrevista telefónica, foram correctamente seleccionados em quase todas as secções. Apenas o título não corresponde aos meus devaneios interventivos. Daí ter mailado o seguinte à jornalista Liliana Valente:

Apesar das dificuldades naturais da comunicação telefónica, julgo terem sido seleccionados de forma correcta os meus comentários ao discurso Jerónimo. Peço, contudo, que seja feita uma correcção: nunca fui militante e muito menos dirigente do PP de Manuel Monteiro. Fui militante e dirigente do CDS, sem PP, uns anos antes, com Francisco Lucas Pires e Adriano Moreira e passei a dissidente com o regresso de Diogo Freitas do Amaral. Não regressei com Manuel Monteiro, nem com Paulo Portas, nem com José Ribeiro e Castro. Colaborei também com a fundação da Nova Democracia, presidida por Manuel Monteiro, mas também decidi dissidir já lá vai um ano.
Como saliento no meu blogue (http://tempoquepassa.blogspot.com) assumo-me como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista"... Para bom entendedor, até nem são meias palavras.
Desculpe este desabafo identitário....mas só assim se compreende como chamava soberanista ao Jerónimo. E aos outros que não eu...
José Adelino Maltez