Provincianos, saloios, minhotos e maometanos, com algumas efemérides quase escondidas
Depois do silenciamento que lhe foi imposto pela cavacal candidatura, o notável político de Fafe, habitual leitor da camiliana “Moca” lá dessas paragens minhotas, só porque agora habita nas margens suburbanas da ribeira do Jamor, decidiu invocar seus capitaleiros e pouco rurbanos assentos, para zurzir nos seus vizinhos saloios e provincianos, atendendo a uma imagem, onde honrados e gentílicos saloios, como os Costas, António e Alberto, ou minhotos, como o Diogo, sob o comando de transmontanos de educação beirã, se puseram de canetais cócoras assinando a cosmopolita carta de intenções que o estrelar Mariano negociou com a Linux e acabou por subscrever com a Microsoft, por causa do “hackeriano” atraso na contagem dos votos das últimas eleições autárquicas. Sobre a matéria, nada digo, apenas sorrio, porque não estou com veia satírica e ainda sofro com as proféticas palavras que emiti na televisão e em directo no passado dia 16, quando decidi defender a honra dos saloios e a possibilidade de pormos o Menino Jesus e outros sagrados em caricatura.
Indo ao meu “moleskin” das efemérides, reparo que, por não ter teclado, deixei passar, no dia 4, sábado, o nascimento de Garrett (1799), o começo da conferência de Yalta (1945) e dois acontecimentos da nossa pré-guerra colonial: os incidentes do massacre de Batepá em São Tomé (1953) e o assalto à cadeia de Luanda que costuma marcar o início da luta armada do MPLA (1961). Para além do começo da revolta anticabralista de Torres Novas (1844). Também não consegui, no dia 5, falar sobre a fusão dos liberais e reconstituintes no Partido Nacionalista (1923), sobre a revolta lisboeta contra os preços da farinha, já com forte participação liderante dos comunistas (1931) e sobre o pedido de demissão de Mota Pinto como presidente do PSD (1985), tal como hoje nada comento sobre o surgimento da república de Weimar (1919) e a entronização da rainha Isabel II (1952). O tempo que passa é mais atractivo do que o tempo que passou.
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