Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...
• Bicadas recentes
Estes "breves aforismos conspiradores, sofridos neste exílio interno, lá para os lados de São Julião da Ericeira, de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico..." começaram a ser editados em Setembro de 2004, retomando o blogue "Pela Santa Liberdade", nascido em Maio de 2003, por quem sempre se assumiu como "um tradicionalista que detesta os reaccionários", e que "para ser de direita, tem de assumir-se como um radical do centro. Um liberal liberdadeiro deve ser libertacionista para servir a justiça. Tal como um nacionalista que assuma a armilar tem de ser mais universalista do que soberanista". Passam, depois, a assumir-se como "Postais conspiradores, emitidos da praia da Junqueira, no antigo município de Belém, de que foi presidente da câmara Alexandre Herculano, ainda de costas para a Corte e com os sonhos postos no Atlântico, nesta varanda voltada para o Tejo". Como dizia mestre Herculano, ao definir o essencial de um liberal: "Há uma cousa em que supponho que ate os meus mais entranhaveis inimigos me fazem justiça; e é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las"......
Este portal é pago pela minha bolsa privada e visa apenas ajudar os meus aluno. Não tive, nem pedi, qualquer ajuda à subsidiocracia europeia ou estatal
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Da refundação do PCP à independência de Portugal, com nascimento de Kant
Acordo com Lisboa em chuva, vou à agenda e reparo que ontem, em dia de gravação do "Directo ao Assunto" do Carlos Pinto Coelho na TSF, a ser emitido no domingo, não registei, entre as efeméridesm a verdadeira data da fundação deste PCP, com a subida ao poder de Bento Gonçalves, em 1929.
Hoje, há que recordar, primeiro, o nascimento de Kant (1724). Depois, o tratado que permitiu a sobrevivência de Portugal no século XIX, a Quádrupla Aliança (1834), que ao colocar Portugal e Espanha, numa dupla dependência face a Londres e Paris, nos livrou de entrarmos na teia da hierarquia das potências através de Madrid. A nossa independência, feita gestão de dependências, não foi bilateralmente ibérica, entre o púcaro de barro sem Brasil e a panela de ferro, mas multilateralmente europeia e atlântica. E ideologicamente liberal, sem termos que ceder a Madeira a Washington. E lá nos aguentámos na balança da Europa. Apesar da Convenção do Gramido. Viva D. Maria II!
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