a Sobre o tempo que passa: Reparem nas flores do meu pessegueiro...

Sobre o tempo que passa

Espremer, gota a gota, o escravo que mantemos escondido dentro de nós. Porque nós inventámos o Estado de Direito, para deixarmos de ter um dono, como dizia Plínio. Basta que não tenhamos medo, conforme o projecto de Étienne la Boétie: "n'ayez pas peur". Na "servitude volontaire" o grande ou pequeno tirano apenas têm o poder que se lhes dá...

3.4.06

Reparem nas flores do meu pessegueiro...



Depois da efemérides de ontem, entre a morte de João Paulo II (2005) e a aprovação da Constituição que, revista, nos rege (1976) e as de hoje, com o escudo a aderir ao SME (1992), resta recordar o regresso à terra e ao mar que ontem peregrinei.



Reparei que o moinho ainda lá está de sentinela, diante do oceano e da nortada, e que as flores começaram a romper a carapaça verde da invernia.



Não vale a pena comentar as recandidaturas de Ribeiro e Castro e Marques Mendes às lideranças partidocráticas daquilo que chamam direita, prefiro notar que acabou o ruído, com o silêncio de Manuel Alegre, Mário Soares e Cavaco Silva. Reparem nos rebentos do meu pessegueiro, no Valbom dos Gaviões.