Em resistência e silêncio, para que não entre mosca nem saia asneira
Hoje, dia 26, não apetece, pois, recordar a Belfastada de 1826 ou a proibição das conferências do Casino de 1871. Tal como ontem não apeteceu recordar como Mondlane fundou a FRELIMO, em 1962, e como começou a guerra da Coreia, em 1950. E não foi por causa do jogo da selecção nacional dos profissionais portugueses de futebol contra os seus congéneres dos Países Baixos, a que muito napoleonicamente continuamos a dar o restrito nome de um deles, a Holanda que me calei. Porque também sofri e também vibrei. Apesar de ter seguido atentamente os sinais que as agências informativas nos transmitiram sobre Timor, onde, apesar do calor, apenas continuamos a ver a parte visível do "iceberg", onde muito do que parece e aparece não é o essencial daquilo que efectivamente é.
Talvez amanhã recupere o ânimo, para contar mais reflectidamente algumas das minhas experiências dos últimos dias, neste começo de um Verão, onde continuarei a ler muitos anúncios de renovação da pátria em semanários de grande circulação. Registo apenas que o nosso Primeiro-Ministro foi a Ferreira do Alentejo anunciar que Portugal inteiro ficou em regime de banda larga, nesse choque tecnológico que nos transforma numa longa auto-estrada da informação. Será que a auto-estrada é para outros entrarem? É que no acesso à globalização continuamos todos a circular por caminhos de cabras, porque, sem sustentatiblidade, podemos ter canas de pesca, mas não sabemos pescar.
<< Home